EXCELÊNCIA NOS RELACIONAMENTOS

 

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Busca-se o sucesso nos ambientes profissionais, nos lares, na sociedade, em toda parte. Ele representa realizações materiais, emocionais e espirituais e permite manter elevada autoestima.

O sucesso é buscado tanto no mundo interior como no exterior onde se destaca a vida de relacionamento.   Na vida interior é a vitória que propicia ir da dependência para a independência. A vitória exterior é o sucesso nos relacionamentos onde se conquista a interdependência, ou seja, as pessoas se reúnem, livremente, sem estar dependentes umas das outras, para a concretização de objetivos e ideias comuns.

Da mesma forma que as pessoas sentem-se gratificadas pelo reconhecimento da excelência de suas habilidades, nas obras que realizam, devem buscar o mesmo nos relacionamentos. Convém ser mestre nos relacionamentos, mesmo porque, a maioria das obras é concretizada com a participação de parceiros.

A primeira condição para o sucesso nos relacionamentos é assumir a responsabilidade pelos resultados, em vez de atribuir isso ao parceiro que muitas vezes pode até ser um oponente. De nada adianta atribuir culpa ao parceiro quando surgem as dificuldades.

A consideração do parceiro é decorrência  de uma robusta conta emocional alimentada com depósitos associados às seguintes condições:

·         Compreender o outro, especialmente pela capacidade de ouvi-lo de forma empática.

·         Prestar atenção às pequenas coisas, fonte inesgotável de possíveis gentilezas e gestos de amizade e consideração.

·         Honrar os compromissos assumidos, desde os pequenos até aqueles mais exigentes em dedicação e empenho.

·         Esclarecer expectativas para que o comportamento do outro não fique dependente de suposições não declaradas.

·         Demonstrar integridade pessoal amparada por valores como aqueles encontrados no cristianismo.

·         Pedir desculpas sinceras. Ser capaz de não se ofender para evitar acúmulo de ressentimentos, raiva ou ódio. 

 

Uma conta recheada com esses depósitos facilita os relacionamentos. Quem sabe deva ser considerada como indispensável para o estabelecimento das condições de excelência. 

Além da conta dos depósitos emocionais devem ser considerados outros importantes aspectos Entre eles destacam-se os seguintes:

·         Primeiro compreender para depois ser compreendido.

·         Usar o benefício da sinergia que é somar as diferenças em vez de descartá-las.

·         Nos negócios e nos relacionamentos assumir a posição Ganha / Ganha ou Vence / Vence, criar espaço para a vitória de todos.

·         A vida não é um jogo, nela só há vencedores.

·         Fazer aos outros o mesmo que deseja para si próprio. 

 

PRIMEIRO COMPREENDER PARA DEPOIS SER COMPREENDIDO

 

Compreender o outro é habilidade que permite reconhecer com fidelidade a posição do outro, não se trata de aceitar ou rejeitar aquilo que é apresentado. Requer a empatia, saber ouvir e que o outro seja aceito.

A empatia surge quando os envolvidos nas negociações e relacionamentos são respeitados e considerados.

 A capacidade de ouvir tem por objetivo  compreender  e não  responder e mesmo agredir o outro. Em situações de conflito desaparece o parceiro para surgir o oponente, quem sabe o inimigo.

Como procedimento para exercitar a capacidade de ouvir pode-se adotar a prática usada pelos nativos da América do Norte conhecida como “Bastão Falante”. O bastão, enquanto em poder de uma pessoa, confere-lhe a condição de ser o único a falar. Quando percebe que foi entendido, em sua exposição, passa o bastão para outro parceiro.

O excelente exemplo da capacidade de ouvir pode ser apreciado no trabalho dos voluntários do CVV-Centro de Valorização da Vida.

 Aceitar o outro significa criar espaço para que os relacionamentos e as negociações possam prosperar sem que se busque mudar, ajustar o outro. Evitar o que pode ser apreciado na metáfora “Leito de Procusto”.

Esse ser mitológico coloca as pessoas em uma cama, e para ajustá-las ao comprimento desta são esticadas ou cortadas. Quando a aceitação não é praticada nos relacionamentos, as diferenças são ajustadas para que o outro fique do mesmo tamanho, ou seja, que tenha as mesmas ideias, necessidades e desejos.

Quando há o empenho em compreender o outro, a maior parte dos desajustes desaparece, em muitas situações as divergências são totalmente eliminadas. 

 

SINERGIA

 

Sinergia é a lei que permite reconhecer que o todo é maior que as somas das partes. Assim, 1 +  1 é maior do que 2, podendo ser 3, 10, 100 ou mais.

O exemplo de duas vigas,  que quando unidas são capazes de suportar peso maior do que podem quando usadas isoladamente, mostra o efeito da sinergia.  Duas plantas com suas raízes entrelaçadas crescem com maior vigor. Estabelecimentos, de mesma atividade, instalados em uma mesma rua, ainda que encostados, se beneficiam pelo poder de atrair mais clientes do que seria possível caso estivessem espalhados pela cidade.

A diversidade  possibilita a sinergia  que é condição natural na própria natureza. É impossível encontrar em árvores de mesma espécie duas folhas iguais, mesmo que a busca compreenda todas as árvores do planeta. O mesmo pode ser observado em relação a um grão de areia.

A diversidade é atributo da abundância, querer eliminá-la ou mesmo reduzi-la é provocar carência. É o caso, por exemplo, de buscar preservar a biodiversidade do planeta, tese cara para aqueles que amam a Terra.

A sinergia permite que as negociações e os relacionamentos sejam desenvolvidos com parceiros, desaparecem os oponentes, torna-se possível reconhecer as virtudes e as potencialidades das pessoas e das organizações. Surgem condições superiores capazes de favorecer o progresso material, emocional e espiritual da humanidade. 

 

GANHA / GANHA  OU  VENCER / VENCER 

 

A análise desse aspecto será favorecida quando os relacionamentos são considerados um processo de negociação. Nos negócios e nos relacionamentos há trocas materiais, afetivas e emocionais. Os afetos e as emoções estão sempre presentes, mesmo quanto as trocas sejam de bens materiais ou de serviços.

Quando prevalece a competição, as trocas se caracterizam como um processo onde há vencedor e perdedor, Ganha / Perde ou mesmo Perde / Ganha.

Quando há vencedores e perdedores, criam-se condições para que o processo não mais se realize ao provocar rompimentos definitivos, ou ensejará que em nova oportunidade o perdedor reforce sua disposição de não sucumbir novamente. Podem resultar em escaladas de um verdadeiro conflito de consequências desastrosas como são as guerras.

Quando um dos lados coloca-se, por sua conta, em posição de fraqueza, surge a condição Perde / Ganha, posição da vítima. Também, não cria condições favoráveis para novas negociações e continuidade dos relacionamentos.

O que fazer quando surgem as divergências? As partes envolvidas devem ceder o suficiente para que surja proposta intermediária, suficiente para provocar concordância?  Ceder é o mesmo que perder, se as partes cedem acontece a condição Perde / Perde.

A sinergia e o interesse de se buscar compreender o outro permite chegar à terceira alternativa: “não é a minha e não é a sua, é a nossa alternativa”. Será superior a todas que foram apresentadas, é a criatividade em ação. As posições prévias são abandonadas por possibilidades superiores. As parcerias são reforçadas, a realização de novos negócios e o aprofundamento dos relacionamentos é o resultado natural.

Como recurso último, em situações sem alternativas superiores, pode-se adotar a seguinte posição: “ Ganha / Ganha ou nada feito”. Aguarda-se melhor oportunidade ou o afastamento se dá sem rompimentos definitivos, não ficam mágoas e ressentimentos, as portas ficam sempre abertas. 

 

A VIDA NÃO É UM JOGO, NELA SÓ HÁ VENCEDORES 

 

Nas práticas esportivas se diz “o importante é competir”, no lugar de “o importante é ganhar”. Como concordar com a recomendação do Marques de Cobertain, responsável pelas Olimpíadas da era moderna? A realidade mostra que no esporte o importante é vencer.

Argumenta-se que os esportes permitem aprender a vencer e a perder e que essa capacitação pode favorecer a vida das pessoas, diante de suas vitórias e derrotas, nos diferentes campos de atividades.

Em relação aos esportes cabe mais adotar o “Fair Play”, termo muito familiar, apresentado em bandeira, introduzida no início dos jogos da Copa Mundial de Futebol. Trata-se de respeitar as regras da disputa e o adversário. Sem dúvida, o esporte ajuda o exercício da disciplina e ensina a vencer e a perder. Só que vencer e perder deve ficar restrito às arenas esportivas. Fora delas melhor é considerar que “a vida não é um jogo, nela só há vencedores”.

Nas negociações e nos relacionamentos deve ganhar destaque o interesse em cultivar o Ganha / Ganha ou o Vencer / Vencer. O caminho para isso é desenvolver a cooperação para que substitua  a competição.

No tocante à superação pessoal, não existe um adversário a ser derrotado, a não ser no esporte, por enquanto. Há esperança  de que mesmo no esporte prevaleça a busca da superação das marcas individuais, sem contudo objetivar a derrota de qualquer oponente.

A referência de superação é o próprio desempenho, de tal forma que hoje se busca fazer melhor do que ontem e que amanhã seja ainda melhor.

O esforço de autossuperação é onde o sucesso deve ser buscado e não na derrota do outro. Para o sucesso florescer basta o empenho contínuo, mesmo que pequeno, em cada dia. Buscar continuamente a excelência nos atos, palavras e pensamentos é a condição requerida para o sucesso permanente.

Na vida não há fracassos, pode haver apenas um adiamento do sucesso. 

 

FAZER AOS OUTROS O MESMO QUE DESEJA PARA SI PRÓPRIO 

 

Fazer aos outros o mesmo que deseja para si próprio permite viver com integridade, um dos depósitos importantes de nossa conta emocional.

É um imperativo nunca olvidado quando há consciência de que na vida a colheita é decorrente da semeadura. Quem se disporá conscientemente a fazer ao outro (semear) aquilo que não deseja para si?

A boa semeadura se impõe como condição única para alcançar o propósito da vida, a felicidade. O campo de maior fertilidade para essa semeadura é o relacionamento, o ponto de encontro dos irmãos, filhos de um mesmo Pai. Nossos parceiros na família, nas organizações, na sociedade. 

 

PÓDIO DA VIDA 

 

No pódio da vida só há espaço para os vencedores. Vencedores são todos sem exceção. 

 

VOCÊ É UM VENCEDOR

 

 

 

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